Recebi Vivendo, Amando e Aprendendo em 1997 das mãos do então diretor da empresa onde eu trabalhava, João Alberto Romboli. Naquele momento, achei curioso o presente, mas confesso: não imaginava que ele marcaria minha vida de forma tão duradoura. João Alberto, por outro lado, talvez já soubesse o impacto que essa leitura poderia causar — e ele estava certíssimo.
Mais de duas décadas depois, ainda me pego relendo trechos, redescobrindo verdades simples e me reconectando com a mensagem essencial que o autor traz: viver é amar, e amar é aprender.

Sobre o autor: Quem foi Leo Buscaglia?
Leo Buscaglia, também conhecido como “Dr. Love”, foi professor da Universidade do Sul da Califórnia e se tornou mundialmente famoso por suas palestras apaixonadas sobre o amor. Seu jeito cativante e cheio de entusiasmo fazia com que suas mensagens tocassem direto no coração do público. Mais do que acadêmico, Buscaglia era um verdadeiro contador de histórias da alma humana, e seus livros — especialmente Vivendo, Amando e Aprendendo — são um reflexo profundo de sua filosofia de vida.
Estrutura do livro: Um mosaico de palestras e emoções
O livro é uma coletânea de palestras ministradas por Buscaglia, cheias de espontaneidade, humor e emoção. Não é uma obra linear ou convencional; ele transita entre reflexões pessoais, histórias reais e provocações filosóficas. É como ouvir um amigo falando de coração aberto — com uma dose generosa de verdade e vulnerabilidade.
Cada capítulo é quase uma conversa íntima. Ele fala sobre:
- A importância de sermos autênticos
- O medo de amar (e por que vale a pena superá-lo)
- O valor de errar, cair e continuar aprendendo
- O poder do toque, do afeto e da escuta genuína
- A urgência de viver plenamente, sem esperar “o momento certo”
deias principais que transformam
1. Amor é escolha ativa
Buscaglia repete como um mantra: amar é um ato consciente, que exige esforço diário. Amor não é só sentimento, mas atitude. Ele acredita que fomos educados para competir, acumular, vencer — mas não para amar. E isso, segundo ele, é o maior erro da humanidade.
2. Aprender é parte de viver
O autor valoriza a educação emocional tanto quanto a intelectual. Para ele, aprender a sentir, a se comunicar, a lidar com perdas e frustrações é tão essencial quanto saber matemática ou história. E esse aprendizado acontece a vida inteira.
3. Autenticidade liberta
Um dos trechos mais marcantes é quando Buscaglia diz: “Ser você mesmo num mundo que está constantemente tentando fazer de você outra coisa é a maior conquista.” Ele nos incentiva a sermos autênticos, mesmo que isso incomode.
4. Toque, gentileza e presença são superpoderes
Vivemos num mundo cada vez mais digital e distante. Buscaglia, já nos anos 80, falava sobre o valor de um abraço, de um olhar sincero, de um gesto de carinho. Coisas simples que podem transformar o dia (ou a vida) de alguém.
Algumas frases do livro parecem ter sido escritas ontem, de tão atuais:
“Só se aprende a amar… amando.”
“A vida é um processo contínuo de escolha entre segurança (que é morte) e risco (que é vida).”
“O amor é sempre começado por uma pessoa. É você quem deve tomar a iniciativa.”
Quando ganhei esse livro em 1997, confesso que não tinha maturidade para absorver tudo o que ele dizia. Mas aos poucos, fui percebendo que ele havia plantado uma semente.
Em momentos difíceis, desafiadores, ou até mesmo solitários, as palavras de Buscaglia voltavam à tona como um abraço silencioso. A verdade é que João Alberto Romboli, com aquele gesto aparentemente simples, me deu mais do que um livro — ele me ofereceu uma nova lente para enxergar a vida.
Aplicações práticas no dia a dia
Você pode estar se perguntando: “Tá, e o que eu faço com tudo isso?” — A resposta é simples e poderosa:
- Pratique escuta ativa: ouça com o coração, não só com os ouvidos.
- Demonstre afeto: não espere datas especiais.
- Permita-se errar: e aprenda com os tropeços.
- Abrace o presente: viva com presença real.
- Ame intencionalmente: com palavras, ações e gentilezas.
FAQ – Perguntas Frequentes
1. Esse livro é autoajuda?
Sim, mas num sentido mais humano e menos clichê. Ele não oferece fórmulas mágicas, mas reflexões profundas.
2. É fácil de ler?
Super! A linguagem é acessível, direta e com muito humor.
3. É indicado para quem?
Pra todo mundo que quer viver com mais significado, amar sem medo e aprender com o coração aberto.