“A Grande Magia: Vida Criativa Sem Medo” de Elizabeth Gilbert

Angelica Dias

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a grande magia

Em A Grande Magia, Elizabeth Gilbert oferece uma conversa íntima e transformadora sobre criatividade, mas de um jeito tão acolhedor e amoroso que mais parece que estamos conversando com uma amiga de longa data.

Conhecida pelo seu best-seller Comer, Rezar, Amar, Gilbert se mostra, mais uma vez, uma guia sensível e generosa, que entende as inseguranças e os desejos profundos que temos de nos expressar, de realizar nossos sonhos criativos e de vencer os medos que nos prendem.

Gilbert abre as portas para uma maneira libertadora de viver, falando sobre a vida criativa como uma busca diária por inspiração, curiosidade e leveza.

Ela acredita que todos nós nascemos criativos, mas que ao longo da vida muitos de nós deixamos essa chama enfraquecer por causa dos medos, da autocrítica ou das expectativas dos outros.

Ao ler este livro, entendemos que uma vida criativa não significa apenas escrever, pintar ou compor músicas; significa, acima de tudo, estar aberto às experiências, se permitir ser curioso e não deixar o medo ser o diretor da nossa história. É um chamado para que cada pessoa se sinta livre para experimentar e viver intensamente.

No coração do livro, Gilbert nos convida a nos relacionarmos com a inspiração de uma forma quase mágica. Ela descreve as ideias como visitantes inesperados, pequenas centelhas que chegam até nós, mas que precisam de um espaço onde possam se manifestar.

Segundo Gilbert, essas ideias não exigem perfeição, mas sim disposição e carinho. Cada projeto criativo é um ato de fé e de entrega, e as ideias escolhem aqueles que estão prontos para brincar com elas, sem tanta pressa ou pressão por resultados.

Isso torna a criatividade algo leve, sem o peso das cobranças ou do medo de não estar “à altura”.

E, por falar em medo, esse é um tema central e tratado com uma honestidade desarmante.

O medo, segundo Gilbert, sempre estará presente, e ela nos encoraja a aceitá-lo, quase como uma companhia inevitável da jornada criativa.

Ao invés de lutar contra ele, ela sugere que acolhamos o medo, mas o coloquemos no banco do passageiro, longe do volante. Esse conselho é um alívio para qualquer um que já tenha se sentido travado pela insegurança, pela ideia de que não é bom o suficiente ou pela comparação constante com os outros.

Para Gilbert, todos os sentimentos têm o seu espaço, mas é a nossa coragem e a nossa vontade de explorar que devem guiar o processo criativo.

Outro ponto lindo e libertador é a maneira como Gilbert redefine o fracasso.

Em A Grande Magia, fracassar não significa errar, e sim ter a coragem de tentar. Ela nos incentiva a criar pelo prazer de criar, pelo simples ato de expressar quem somos, sem que isso precise se tornar algo “útil” ou “relevante” aos olhos dos outros.

É um respiro profundo para todos nós que, muitas vezes, sentimos que nossa expressão precisa ser validada para ter valor. Gilbert reforça que cada expressão criativa, seja grande ou pequena, é um ato de amor-próprio e de conexão com o mundo.

Isso nos permite seguir em frente com menos medo e mais liberdade, nos lembrando de que o importante não é o destino, mas o caminho que escolhemos trilhar.

Grande Magia é, acima de tudo, um livro para quem quer viver com mais leveza, autenticidade e liberdade.

Não é sobre ser o melhor ou ter sucesso; é sobre se permitir experimentar, errar e descobrir a beleza em cada passo do caminho. Elizabeth Gilbert nos abraça em cada página, lembrando-nos de que a vida criativa é para todos — é uma escolha de coragem diária, uma dança com as ideias e uma declaração de amor pela vida em todas as suas cores e emoções.

Para quem sente que há algo dentro de si esperando para ser expresso, A Grande Magia é um convite para dizer “sim” e para acreditar que a criatividade, quando acolhida com amor, pode mudar tudo.

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